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Envelhecer com Amor - Parte 2

Envelhecer com AmorSobre o filme “Amor, eterno amor” e o bem envelhecer.

A história trata de um casal que se apaixonou na adolescência, ele era um jovem estudante de música e ela filha de um diplomata na Bélgica pós II Guerra; eles se amaram muito, mas por razões diversas não puderam continuar juntos. Os anos passaram e eles voltaram a se encontrar, cinqüenta anos depois, na velhice e aí o amor entre Andreas e Claire volta de maneira majestosa; contudo não se limita a um gênero “piegas” em relação ao amor, pois traz mensagens jamais imaginadas por nossa tradicional visão sobre o envelhecimento humano.

 

Da narrativa, podemos apreender mensagens para um envelhecimento bem sucedido. Mas será que existe alguma receita para se envelhecer bem? PARK (s.d.) ilustra essa questão ao ressaltar uma “receita” interessante do geriatra e gerontólogo Renato Maia Guimarães:

 

“Basicamente é assim: Correr e brincar como uma criança (pela importância da atividade física e da brincadeira propriamente dita); comer como um índio (comer menos e alimentar-se de produtos o mais natural possível); descansar como um gato (deitar, esticar e ao levantar-se fazer um alongamento como fazem os gatos); ter a persistência de um camelo (manter seus compromissos consigo mesmo da atividade física e da dieta); ter a alegria de um golfinho (não posso afirmar que a alegria aumente a esperança de vida, mas que o mau – humor diminui é certo); ter a independência de um pássaro (depender o menos possível dos outros); ter a solidariedade de um cão (ser solidário sempre). E, por último, fugir da sombra, fugir da escuridão. Não ficar apático, escondido, achando que a vida quem vive são os outros. É preciso voltar para o palco e viver a vida de maneira brilhante”.(s.d.)

 

Autoras francesas, de acordo com PEIXOTO (1998), há séculos atrás, escreveram sobre elementos para se ter uma velhice tranqüila, a marquesa de Lambert diz que é preciso paz e piedade, já a baronesa de Maussion acrescenta a questão da sociabilidade entre velhos e jovens, complementando tais idéias, BALLONE (2003) diz: “Envelhece-se como se vive”. Contudo, quando nos referirmos ao envelhecimento social e aos relacionamentos humanos observamos que estas receitas, muitas vezes, são impossibilitadas pelas condições circundantes de nossa realidade, como as políticas públicas, barreiras físicas, arquitetônicas e emocionais frente aos idosos e, talvez, dos próprios idosos entre si.
   
Escrito por: Wanda Patrocinio - 22/4/2008

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