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O Mercado da Terceira Idade

O mercado da Terceira IdadeO casal de adolescentes que se apaixonam no filme Amor, eterno amor não pode viver esta relação, pois o pai de Andreas acreditava que ele ainda não tinha idade para isto, que na juventude, ele deveria estar lutando por uma profissão. Mas por que em nossa sociedade somos marcados pelas idades que temos? Por que aqueles adolescentes do filme não puderam viver seu grande amor? O que tem por trás da idade? Será que Andreas não conseguiria tanto viver sua juventude amorosa e buscar uma profissão?

 

Segundo DEBERT (1998), os recortes de idades e a definição de práticas legítimas associadas a cada etapa da vida não são conseqüências de uma evolução científica; a manipulação das categorias de idade envolve uma verdadeira luta política, na qual está em jogo a redefinição dos poderes ligados a grupos sociais distintos em diferentes momentos do curso de vida.

 

Em se tratando da velhice, a força política está em colocarmos em ação, cada vez mais, esta ótica capitalista que nos cerca, na qual o consumismo é uma categoria muito forte. Nesse sentido, surge um novo termo para a velhice, que seria a chamada “Terceira Idade” e, de acordo com DEBERT (1998) esta invenção implica em criação de uma nova etapa na vida que se interpõe entre a idade adulta e a velhice e é acompanhada de um conjunto de práticas, instituições e agentes especializados que se encarregam de definir e atender as necessidades dessa população.

 

Dessa forma, essa “Terceira Idade” é vista como a idade do lazer, de se colocar em prática todos os anos que ficaram presos numa empresa, fábrica etc. Agora é hora de viver, como se antes não fosse. Com isto, vemos surgir o mercado da Terceira Idade que vem assumindo lugar de destaque na mídia, com suas crescentes ofertas. Agências de viagens lançam “pacotes da terceira idade”, Universidades Abertas são criadas, as Igrejas e outras instituições religiosas vêm aumentando o espaço dedicado ao idoso.

 

Acredito que se todo este movimento estivesse sendo feito em prol do amor e verdadeira preocupação com nossos velhos, não haveria críticas a esses movimentos, mas o que há por trás da grande parte deste conjunto de práticas é o tratamento da velhice de forma puramente mercadológica ou assistencialista.
   
Escrito por: Wanda Patrocinio - 29/4/2008

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